Religião e Política na obra de Giorgio Agamben

R$ 79,20

Organização: Glauco Barsalini, Douglas F. Barros, Renato Kirchner

Editora: Saber Criativo

Páginas: 396

Peso: 200g

Ano: 2020

Tamanho: 16 x 23 cm

ISBN: 978-65-87446-00-4

Simulação de frete

Descrição

Se a resistência estivesse inscrita na lei, esta só poderia ser de natureza totalitária, já que o direito à resistência deve ser extra-jurídico, ou fora da esfera da lei, por definição. Mas, o mesmo ocorre com o estado de exceção, no qual a soberania se funda em algo além da lei. Essas posições contrastantes, mais uma vez demonstram a sobreposição existente entre duas formas distintas de soberania — a primeira, fortemente criticada por Agamben, a segunda, sutilmente aludida como outra  forma de soberania, talvez positiva ou até mesmo sutilmente alinhada com  formas de glória e de graça, as quais também escapam à maquinaria dualista que produz o ser humano e a política tal como a conhecemos. Mas é evidente que a resistência genuína, seja na forma de Bartleby ou de um messianismo crístico, não pode ser completamente removida da existência da lei. O estado de exceção, como bem sabemos, é o que fundamenta a lei, deixando a resistência contemplar sua ruína, sem nunca realmente poder escapar de sua relação com a lei.

É o que Agamben quis dizer quando descreve como o messiânico, agindo na esfera privada, obscurece a lei ou a vida pública de cada um. Isto também significa, conforme sugerido por Agamben, que não há um outro estado fora da lei esperando para ser descoberto e vivido como uma existência nova e utópica. Em vez disso, a experiência messiânica apenas pode ser encontrada ao tornar a lei inoperante, embora sem a eliminar de uma vez por todas. Uma vez mais, encontramos apenas a vocação messiânica como a revogação de todas as vocações, como aquela de desfaz tanto a lei quanto a identidade.
— Colby Dickinson, Loyola University

INDICAÇÕES:

“A coletânea que o leitor tem em mãos constitui-se, no essencial, como um exercício e uma tentativa de interpretar sinais, seguir no encalço de algumas marcas e vestígios, presentes na atualidade, e que remetem na direção de uma política que vem. Para colocar-se à altura da prodigiosa contribuição de Agamben nesse sentido, ela tem de transitar permanentemente por muitas veredas, penetrar diferentes âmbitos da história e da cultura, revisitar os arcanos contendo as pistas da passagem da physis ao nomos […]. Este livro é um precioso guia de viagem nessa fabulosa trajetória”.
— Oswaldo Giacoia Junior, formado em Filosofia (PUC-SP) e em Direito (USP), mestre (PUC-SP) e doutor (Universität Berlin) em Filosofia, professor titular (UNICAMP)

“Religião e política não podem prescindir do lúdico e da poiesis. […] O lúdico faz deslumbrar o novo, aquilo “que vem”, o sonhado. O futuro antecipado pela compreensão utópica cria, com a dimensão lúdica, outro tipo de relacionamento político com a realidade. Trata-se de uma forma de contestação e de desestabilização do presente, e de sinalização da infinitude e da misericórdia na subversão do real”.
Uma obra de qualidade está diante de nós, “Usem-na”, agambeniamente.
— Claudio de Oliveira Ribeiro, formado em Teologia (Seminário Metodista Cesar Dacorso Filho-RJ), mestre e doutor em Teologia (PUC-Rio), professor visitante (UFJF)

Políticas de privacidade

Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.