Futuro Passado: contribuição à semântica dos tempos históricos

R$ 67,20

Autoria: Reinhart Koselleck

Tradução: Wilma Patrícia Mass e Carlos Almeida Pereira

Editora: Contraponto

ISBN: 978-85-85910-83-9

Páginas: 368

Peso: 400g

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Descrição

Até meados do século XVIII, o termo história (em alemão, Historie) era sempre usado no plural para designar narrativas particulares, descosidas entre si: a história da Guerra do Peloponeso, a história de Florença, a história da Igreja. A função dessas narrativas era prover exemplos de vida a serem seguidos pelos contemporâneos. O Iluminismo altera essa relação do homem com o tempo. No lugar da Historie, entra a Geschichte, termo da língua alemã que designa uma sequência unificada de eventos que, vistos como um todo, constituem a marcha da humanidade.

Toda a humanidade inclui-se agora em um único processo temporal, que contém em si a sua própria narrativa. Assim, a história torna-se o seu próprio objeto. Abre-se o caminho para a criação da filosofia da história, que pretende apreender o passado, o presente e o futuro como uma totalidade dotada de sentido. É da construção de um futuro planejado que agora se trata. Nas sociedades modernas do Ocidente, o espaço de experiências do passado e o horizonte de expectativas de futuro se dissociam, e o conceito de progresso faz sua entrada triunfal na cultura dominante.

Como diz Marcelo Jasmin na apresentação desta edição: “Se as histórias (no plural) guardavam a sabedoria acumulada pelos exemplos do passado para servir de guia à conduta presente, evitando a repetição dos erros e estimulando a reprodução do sucesso, a História (como um singular coletivo) tornou-se uma dimensão inescapável do próprio devir, obrigando toda ação social a assumir horizontes de expectativa futura (…). Não se trata tão-somente de uma alteração nos significados tradicionais, mas de uma verdadeira revolução nas maneiras de se conceber a vida em geral, de imaginar o que nela é possível ou não, assim como o que dela se deve esperar. É este um dos sentidos em que a história conceitual de Reinhart Koselleck vai além da pesquisa etimológica ou filológica do conceito. Ela é uma pesquisa da consciência humana no seu enfrentamento com as condições de possibilidade da existência, daquilo que se é e daquilo que se pode vir a ser.” É da gênese e dos limites da modernidade que estamos tratando neste livro fundamental.

César Benjamin

 

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